Altcoin vs Stablecoin e1693661957423

As altcoins, ou moedas alternativas, são conhecidas por sua volatilidade, diversidade de funções e potencial de investimento. Elas representam uma extensão do pioneiro Bitcoin, cada uma com características únicas e objetivos específicos. Por outro lado, as stablecoins, como o nome sugere, buscam oferecer estabilidade de preço em um mercado notoriamente volátil, muitas vezes ancorando-se em ativos do mundo real, como moedas fiduciárias ou commodities.

Neste artigo, exploraremos as principais diferenças entre altcoins e stablecoins, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma. Vamos desvendar o que torna esses ativos tão singulares em um cenário de criptomoedas em constante transformação e como eles atendem às diversas necessidades dos usuários, desde investidores até aqueles que procuram transações rápidas e seguras. Ao final desta análise, você terá uma compreensão mais profunda das complexidades e oportunidades oferecidas por esses dois pilares do mercado de criptomoedas.

O que é uma altcoin?

Uma “altcoin” é um termo que se refere a qualquer criptomoeda que não seja o Bitcoin. A palavra “altcoin” é uma combinação das palavras “alternative” (alternativa) e “coin” (moeda), e foi cunhada para descrever todas as criptomoedas que foram lançadas após o Bitcoin, oferecendo alternativas ao pioneiro das criptomoedas.

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda, criada em 2008 por uma pessoa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto. Desde então, inúmeras outras criptomoedas foram desenvolvidas, cada uma com suas próprias características, tecnologias e objetivos. Essas criptomoedas alternativas ao Bitcoin são chamadas de “altcoins”.

Alguns exemplos populares de altcoins incluem Ethereum (ETH), Ripple (XRP), Litecoin (LTC), Bitcoin Cash (BCH), Cardano (ADA) e muitas outras. Cada uma dessas altcoins pode ter finalidades diferentes, como a execução de contratos inteligentes (como o Ethereum), a facilitação de transações rápidas e de baixo custo (como o Litecoin) ou a busca por soluções específicas em diferentes setores.

O que é uma stablecoin? 

Uma moeda “stablecoin” (moeda estável) é um tipo de criptomoeda que foi projetada para manter um valor estável, ao contrário das criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin e a Ethereum, que são conhecidas por sua volatilidade significativa. Uma stablecoin visa manter seu valor constante , independentemente das flutuações do mercado. A stablecoin Theter(USTD), por exemplo, está indexada ao dólar americano a US$ 1. Como resultado, 1 USDT sempre vale US$ 1.

Tecnicamente, o valor de mercado de uma stablecoin pode ser atrelado a qualquer ativo. Portanto, não existem “melhores” stablecoins, embora tenha se tornado uma prática padrão ter seu valor atrelado ao dólar americano. Também é possível vincular algoritmicamente uma stablecoin a outra criptomoeda. Amarração USDT é reconhecida como a primeira stablecoin, mas existem muitas mais. 

Altcoins vs stablecoins: principais diferenças

A principal diferença entre altcoins e stablecoins reside na sua finalidade e, portanto, na sua funcionalidade. Como as altcoins estão sujeitas a extremos de volatilidade de preços, as stablecoins destinam-se a fornecer alguma estabilidade como proteção. Observe que as stablecoins possuem uma quantidade fixa de reservas de caixa . 

Altcoins se distinguem do Bitcoin por fornecer recursos novos e adicionais, especificamente por permitir o acesso a instrumentos financeiros descentralizados (DeFi) . Esses recursos são possíveis graças aos contratos inteligentes e também permitem transações mais rápidas e taxas mais baixas em comparação com o Bitcoin. 

Assim como o Bitcoin, as altcoins também estão sujeitas à volatilidade dos preços. As melhores altcoins têm o potencial de capturar uma participação de mercado considerável, melhorando o mecanismo de consenso original do Bitcoin. Como resultado, podem proporcionar enormes retornos sobre os investimentos (ROI) para os primeiros investidores.

Com stablecoins, o ROI é muito menor. Embora as taxas de juros das stablecoins oscilem entre 5% e 20% , esses altos rendimentos não são o único fator que atrai os traders. Stablecoins têm várias vantagens, incluindo conveniência (os usuários não precisam entrar na rampa de acesso) e a capacidade de codificar novas melhorias de design no token criptográfico. 

Como as stablecoins se protegem contra a volatilidade do mercado criptográfico

Vamos entender como as stablecoins podem ser usadas para se proteger contra a volatilidade do mercado criptográfico no exemplo a seguir:

Cenário: Suponha que um investidor possui 1 Bitcoin (BTC) que está sendo negociado a US$ 50.000. No entanto, o investidor está preocupado com a volatilidade do mercado e quer proteger seu valor.

Passo 1: O investidor decide se proteger contra possíveis quedas no preço do Bitcoin. Para fazer isso, ele opta por trocar seu Bitcoin por uma stablecoin, como o USD Coin (USDC), que é uma moeda estável vinculada ao dólar americano.

Passo 2: O investidor vende seu 1 BTC por US$ 50.000 e recebe 50.000 USDC em sua carteira digital.

Passo 3: Pouco tempo depois, o preço do Bitcoin cai para US$ 40.000 devido à volatilidade do mercado.

Passo 4: O investidor agora decide que é um bom momento para recomprar Bitcoin, pois o preço está mais baixo. Ele usa seus 50.000 USDC para comprar Bitcoin a US$ 40.000, o que lhe permite adquirir 1,25 BTC (50.000 USDC ÷ 40.000 US$ por BTC = 1,25 BTC).

Resultado: Agora, o investidor possui 1,25 Bitcoin, que tem um valor total de US$ 50.000 (1,25 BTC x US$ 40.000 por BTC). Mesmo que o preço do Bitcoin tenha caído, ele manteve o valor inicial de US$ 50.000, graças à sua decisão de trocar por stablecoins durante o período de alta volatilidade.

Este exemplo demonstra como o uso de stablecoins pode ajudar os investidores a proteger seu valor em um mercado criptográfico volátil, permitindo-lhes sair de posições de alto risco temporariamente e depois recomprar quando considerarem que é a hora certa. É importante notar que, embora as stablecoins possam ajudar a minimizar o risco de volatilidade, também podem ter custos associados, como taxas de câmbio e taxas de transação. Portanto, os investidores devem considerar esses fatores ao tomar decisões de proteção de ativos.

Como usar stablecoins como proteção contra a inflação

A inflação é um grande problema para as moedas fiduciárias. O valor do dólar americano, do euro ou mesmo do iene japonês depende das decisões de política fiscal dos seus respectivos governos e bancos centrais. 

O valor da moeda de uma nação também depende da confiança pública. (“Fiat” significa literalmente “Será” em latim, como em, o valor da moeda de uma nação está de acordo com o que seu governo determina que seja.) Uma moeda pode se tornar inútil se as pessoas perderem a fé no governo que emite isto. Dado que muitas das moedas fiduciárias do mundo sofrem de inflação excessiva, têm pouco valor face a moedas mais fortes.

Os Stablecoins protegem-se contra a inflação da seguinte maneira. Os processos bancários tradicionais podem dificultar a conversão de uma moeda local depreciada numa moeda internacional estável.

Os Stablecoins, no entanto, permitem que qualquer pessoa com acesso à Internet compre um ativo equivalente a moeda fiduciária 1:1 em qualquer lugar do mundo. Os tokens são projetados para corresponder ao preço da moeda designada em todos os momentos. Portanto, uma stablecoin baseada em dólares americanos sempre ajusta sua indexação para corresponder seu valor ao do dólar americano.

Essas stablecoins podem ser mantidas durante períodos altamente voláteis e podem ser negociadas por dinheiro conforme necessário. Como resultado, as stablecoins permitem que os indivíduos preservem seu poder de compra com restrições mínimas

Por que as taxas de juros da stablecoin são tão altas

A demanda por stablecoins excede consistentemente a oferta. No entanto, as taxas de juro das stablecoins são mais elevadas do que as das moedas fiduciárias porque os protocolos DeFi eliminam as rendas económicas. Além disso, estes protocolos têm de incentivar os investidores a fornecer liquidez, o que explica as elevadas taxas de juro. (À medida que o TVL desses protocolos aumenta, as taxas devem diminuir paralelamente.) 

As exchanges de criptomoedas que exigem liquidez de moeda estável oferecem altas taxas de juros para atrair novos credores. Como as stablecoins mantêm seu valor indexado, as plataformas de negociação estão dispostas a oferecer aos usuários taxas de juros mais altas por elas. 

Para outras altcoins, as bolsas tendem a oferecer taxas de juros mais baixas devido à sua alta volatilidade de preços, tornando-as uma reserva de valor mais arriscada. As taxas de juros de uma criptomoeda como a ETH variam de 5% a 8%. Em contraste, as stablecoins geralmente cobram taxas de juros de aproximadamente 10% ou mais.

Ethereum é uma altcoin?

Em termos de volume de negociação, bem como valor total bloqueado (TVL), Ether é o altcoin mais utilizado. (Ethereum é a rede na qual o ETH, o token nativo, é executado.) Alguns investidores se opõem ao agrupamento do ETH com outras altcoins, já que o Ethereum é o primeiro blockchain com funcionalidade de contrato inteligente, razão pela qual o BTC e o ETH compartilham o espaço como as duas criptomoedas mais populares do mundo. Independentemente disso, por definição, Ethereum é uma altcoin.

Problemas com stablecoins

Embora as stablecoins tenham se mostrado uma adição valiosa ao mundo das criptomoedas, elas não estão isentas de desafios e problemas. Aqui estão alguns dos problemas comuns associados às stablecoins:

  1. Risco de Confiança: As stablecoins garantidas por reservas, que são ancoradas a ativos do mundo real, dependem da confiança nos emissores e em suas reservas. Se a entidade que emite a stablecoin não for transparente ou não tiver ativos suficientes em reserva, isso pode resultar em riscos para os detentores desses tokens.
  2. Regulação: A regulamentação das stablecoins ainda está em evolução e varia de país para país. Alterações nas regulamentações podem afetar a capacidade de uso e a conformidade das stablecoins em diferentes jurisdições, criando incertezas para os usuários.
  3. Riscos de Cibersegurança: Como qualquer ativo digital, as stablecoins estão sujeitas a riscos de ciberataques e hacks. Se uma plataforma que hospeda uma stablecoin for comprometida, os fundos dos usuários podem estar em perigo.
  4. Centralização: Alguns críticos argumentam que certas stablecoins não são verdadeiramente descentralizadas, uma vez que dependem de entidades centralizadas para a emissão e gestão. Isso pode entrar em conflito com o princípio fundamental das criptomoedas, que é a descentralização.
  5. Vigilância Financeira: Devido à sua capacidade de facilitar transações financeiras de forma relativamente anônima, as stablecoins têm levantado preocupações com a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, o que pode resultar em pressões regulatórias adicionais.
  6. Flutuações de Preço Inesperadas: Em alguns casos, stablecoins podem não ser tão estáveis quanto o esperado. Eventos inesperados ou falhas no mecanismo de garantia podem levar a flutuações de preços não planejadas.
  7. Dependência de Terceiros: Muitas stablecoins dependem de terceiros, como custodiantes e auditorias externas, para garantir sua estabilidade. A falha desses terceiros pode afetar a confiabilidade da stablecoin.
  8. Desafios Técnicos: A manutenção da estabilidade de uma stablecoin pode ser um desafio técnico. Alguns protocolos algorítmicos podem ter dificuldade em manter um valor estável em condições de extrema volatilidade.

É importante notar que nem todas as stablecoins enfrentam todos esses problemas, e muitos emissores estão trabalhando para abordar essas questões por meio de transparência, auditorias regulares e melhorias em seus protocolos. No entanto, os investidores e usuários devem estar cientes desses desafios ao considerar o uso de stablecoins e realizar pesquisas cuidadosas antes de escolher uma.

Conclusão

As stablecoins têm desempenhado um papel significativo na evolução do ecossistema das criptomoedas, oferecendo uma solução para um dos maiores desafios do mercado: a volatilidade de preços. No entanto, elas não estão isentas de problemas e desafios.

Os riscos de confiança emissor, regulatórios e de cibersegurança continuam a ser preocupações válidas para os detentores de stablecoins. Além disso, a centralização em certos modelos de stablecoins e a dependência de terceiros para garantir a estabilidade podem entrar em conflito com os princípios de descentralização que estão na raiz das criptomoedas.

No entanto, as stablecoins também oferecem benefícios substanciais, como a capacidade de proteger contra a volatilidade do mercado, facilitar transações rápidas e acessíveis e servir como uma ponte entre o mundo das finanças tradicionais e o mundo criptográfico. Elas têm o potencial de aumentar a adoção de criptomoedas em diversas indústrias, incluindo pagamentos, remessas e finanças descentralizadas (DeFi).

À medida que a regulamentação e a inovação tecnológica continuam a moldar o cenário das stablecoins, os desafios identificados podem ser abordados e resolvidos, tornando esses ativos digitais ainda mais confiáveis e valiosos.

No entanto, os investidores e usuários devem exercer a devida diligência ao lidar com stablecoins, entender os riscos associados e escolher com sabedoria entre as diferentes opções disponíveis. Com o tempo, as stablecoins têm o potencial de desempenhar um papel ainda mais importante nos mercados financeiros globais, proporcionando estabilidade e eficiência a um mundo cada vez mais digital.

Leia também: Stablecoins: O que são e como Funcionam-Guia Completo

Leia também: O que é Tether(USDT), como obtê-lo e como armazená-lo

O conteúdo da CriptoEra destina-se a ser de natureza informativa e não deve ser interpretado como conselho de investimento. Negociar, comprar ou vender criptomoedas deve ser considerado um investimento de alto risco e todo leitor é aconselhado a fazer sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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Isa
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